Helen Kane e Betty Boop.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
A Brilhante ascensão..
Conforme avançava a história dos Talkatoons, o cachorro Bimbo e essa nova cantora de longas orelhas iam trocando seus papéis. A fama do primeiro foi apagando-se irremediavelmente, enquanto a da segunda não parava de crescer. Até que, finalmente, o mundo dos cartoons mostrava-se tão impiedoso como o da sétima arte hollywoodiana, e logo a ordem dos seus nomes inverteu-se também nos cartazes. A partir desse momento, a estrela iniciante empreendeu sua metamorfose. Em um crescendo antropomórfico, seus atributos caninos foram desaparecendo pouco a pouco: o focinho se converteu em nariz diminuto e travesso, suas longas orelhas se transformaram em belos brincos. Somente seus olhos, com um encanto insondável, mantiveram-se sempre igualmente grandes. Rapidamente se inspirados, em grande medida, em uma mistura caricata das penas da valoptuosa atriz Mãe West, uma das sex simbol da América dos anos 1930, e do rosto da não menos atraente cantora Helen Kane.
terça-feira, 28 de maio de 2013
Nasce uma estrela..
Nasce uma estrela
Betty Boop nasce em 1930, como uma produção dos irmãos Dave e Max Fleischer. A nova estrela apresenta-se com um traje que não poderia ser mais sexy, no estilo de uma bailarina de cabaré. A princípio é um pouco ridícula, com suas longas orelhas, mas alcançaria sua versão totalmente glamorosa a partir de 1931. É óbvio que a profissão de estrela não está livre de percalços, e a carreira de Betty Boop anunciava-se como especialmente incerta, já era um algo inédito no universo dos cartoons nos Estados Unidos. De maneira parecida ao que ocorre com as atrizes iniciantes, de talento duvidoso, a princípio teve de se conformar com um papel feminino secundário, sendo totalmente eclipsada pelo cachorro Bimbo, suposta estrela dos primeiros Talkartoons dos irmãos Fleischer, que tentavam com esse personagem competir com o bem-sucedido Mickey, produzido pelos estúdios Walt Disney. Nascida do lápis de Grim Natwick, apareceu pela primeira vez nas telas em pleno verão de 1930, em Dizzy Dishes, encarnando uma bailarina de cabaré com longas orelhas caninas e um focinho preto que escondia em parte seu encanto. Para a felicidade de Bimbo, com quem parecia estar comprometida, a nova personagem, que ainda não possuía um nome próprio, cantava e representava com muito estilo uma lânguida melodia, tomando emprestando de Helen Kane o imortal ''Boop Boop a Doop''. Nesse momento, ninguém, nem mesmo Dave e Max Fleischer, poderiam pensar que um híbrido canino teria um destino tão maravilhoso.
Assinar:
Postagens (Atom)